Você sabe qual é a importância do controle de qualidade da própolis que você consome? Diversas atividades farmacológicas vêm sendo comprovadas na própolis, tanto em ensaios laboratoriais quanto através do seu uso em diferentes formulações. Além, é claro, do tradicional extrato etanólico.
Mas para entender o processo por trás da produção do extrato de própolis e a importância do controle de qualidade do produto, continue lendo este artigo!
Como as abelhas utilizam a própolis?
As abelhas usam a própolis para vedar todas as aberturas da colmeia. Elas também utilizam pequenas quantidades de própolis para criar um ambiente quase asséptico nos favos, formando uma camada protetora que “limpa” as abelhas que precisaram sair e retornaram para a colmeia.
Isso mostra como a própolis possui tantas funcionalidades e benefícios, se apresentando como antibacteriana, antifúngica e antiviral. Essa resina é chamada dessa forma pois a palavra própolis é derivada do grego pro = em defesa; e polis = cidade (colmeia, no caso das abelhas).
O que determina a qualidade da própolis?
Como a própolis apresenta uma composição química bastante complexa e que varia de acordo com a florada de onde foi coletada, seu aspecto tende a mudar. Quando são consideradas as ações farmacológica e terapêutica, os principais elementos constituintes da própolis são os compostos fenólicos. Afinal, na própolis existe uma grande quantidade desses compostos, especialmente flavonoides e ácidos fenólicos.
Além disso, eles também podem representar uma barreira química de defesa contra microrganismos (bactérias, fungos e vírus), insetos e outros animais herbívoros. Assim como sua tão conhecida ação antioxidante.
Assim como os flavonoides, os ácidos fenólicos fazem parte da classe dos compostos fenólicos, que são metabólitos secundários das plantas, sendo essenciais para o seu crescimento e reprodução. Tendo também, dessa forma, propriedades antioxidantes, antimicrobiana. Ambos compostos fenólicos auxiliam o sistema imunológico.
O diferencial da própolis brasileira
Quando se trata da própolis brasileira, os ácidos fenólicos são bem mais abundantes que os flavonoides. Isso faz com que o mercado internacional veja a própolis brasileira com outros olhos.
Embora a concentração de flavonoides na própolis brasileira seja relativamente pequena, é possível quantificá-la e utilizar os valores obtidos como parâmetro para o controle de qualidade químico.
Como é feito o controle de qualidade da própolis?
Os benefícios da própolis, como o de muitos outros produtos naturais, são obtidos a partir da sinergia de vários componentes bioativos. Portanto, acaba sendo necessária a quantificação deles para determinar a atividade antioxidante esperada no produto.
Os métodos de análise da própolis evoluíram ao longo dos anos, impulsionados principalmente pela necessidade de identificar os componentes responsáveis por sua atividade biológica e de garantir a qualidade dos produtos que a contém.
A princípio, era importante determinar as quantidades de resinas, cera, umidade e material insolúvel, sendo boas indicações da qualidade da amostra. Porém, com o passar do tempo, a identificação e quantificação de flavonoides e ácidos fenólicos se tornaram necessárias justamente pela comprovação de suas propriedades benéficas.
Gostou de saber como funciona o controle de qualidade da própolis? Caso tenha se interessado pelo assunto, continue acompanhando nosso blog para conferir mais informações sobre apicultura, tecnologia e sustentabilidade.
Adaptação do estudo: “A importância do controle de qualidade da própolis”, da Profa. Dra. Maria Cristina Marcucci (especialista em própolis). Clique aqui e acesse o arquivo original.